Na reunião da Vereação da Câmara Municipal do Funchal, que teve lugar hoje, quarta-feira, dia 11 de Dezembro de 2013, foi apresentada a proposta de Orçamento e Plano para 2014. Este documento não mereceu a aprovação da CDU por considerar que não estavam reunidas um conjunto de condições essenciais, quer para a gestão financeira da CMF, quer para o investimento público camarário no concelho do Funchal.
Consideramos que a CMF poderia arrecadar receitas superiores àquelas que prevê e assim reforçar a componente investimento, através da aplicação de taxas de Derrama superiores aquelas que estão contempladas na previsão do Orçamento. A proposta da CDU alargava a Derrama sobre as grandes empresas e grupos económicos, banca e seguros a uma taxa de 1,5%; a CMF aprovou uma taxa única de 0,5%.
Por outro lado, considera a CDU que constitui um retrocesso a redução das verbas disponibilizadas para as Juntas de Freguesia. Esse facto vem contrariar o processo de descentralização de competências, processo esse iniciado há alguns anos, embora só na área da limpeza, e que a CDU tem vindo a considerar como susceptível de alargamento a outras áreas de intervenção. Esta redução contraria a descentralização e configura-se, como já referimos, num evidente retrocesso.
No que concerne ao Plano de Investimentos, embora contendo alguns projectos novos, não demonstra uma ruptura com políticas seguidas ao longo de anos, nomeadamente ao não consagrar a “inversão orçamental”, não canalizando verbas para a reabilitação urbana, para a recuperação de habitação degradada ou dos bairros sociais, para o desenvolvimento das Zonas Altas. Não estimula a economia local, através do investimento de proximidade, que permitiria a criação de emprego, uma medida essencial neste período actual de grave crise económica e social.
Assim, perante as questões identificadas, a posição da CDU foi de não aprovação deste Orçamento e Plano, considerando, inclusive, o retrocesso em algumas questões fundamentais como a descentralização de competências.