A CDU realizou uma ação de contacto com a população no concelho de Câma-ra de Lobos para afirmar a defesa da fixação de preços máximos nos bens essenciais como forma de combater a escalada dos preços.
No decurso da ação política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte de-claração.
«No ano de 2023 os preços dos bens essenciais não param de aumentar, um dos motivos é a especulação por parte de algumas empresas que utilizam este expediente para aumentar os seus lucros, as próprias autoridades regionais já confirmaram a exis-tência desta prática, tal como foi noticiado ontem a ARAE instaurou 13 processos-crimes pela prática de especulação na venda ao público deste o inicio do ano.
As famílias estão a cortar na alimentação! Os dados estatísticos confirmam o que é óbvio, o aumento especulativo dos preços a par da perda de poder de compra priva milhares de trabalhadores e de reformados de aceder a bens essenciais, como a comida.
Então porque é que os preços especulativos não são travados? Quem é que impe-diu?
Há um claro aproveitamento dos grupos económicos e a Assembleia Regional po-dia ter aprovado a proposta do PCP para o controlo de preços dos bens alimentares es-senciais. Mas, PSD, PS e CDS votaram contra e o JPP absteve-se, pois esses partidos não querem confrontar os interesses dos grupos económicos nem beliscar os seus lucros.
Dizem que é assim por causa da guerra, da inflação, como se não fosse possível fazer nada, como se fosse uma fatalidade. Mas, é importante dizer que Portugal é o País da Europa onde os preços dos bens alimentares mais subiram.
Dizem lamentar as desigualdades, mas quando há soluções concretas para ultra-passar e resolver os problemas rejeitam tudo.
Esta é a natureza do capitalismo e de quem o defende e pretende perpetuá-lo. A prioridade das prioridades é o lucro, o capital, a acumulação de riqueza, mesmo que para isso se empurre milhares de trabalhadores e de famílias para a pobreza.
Para o capital a vida das pessoas pouco importa. Para uma minoria acumular ca-da vez mais riqueza há uma imensa maioria que empobrece a trabalhar. O capitalismo não é solução, mas sim parte do problema.
Não estamos condenados a esta política de exploração e empobrecimento.
A fixação de preços máximos nos bens essenciais a par da valorização dos salários são fatores determinantes para travar a perda do poder de compra das famílias madeirenses.