A CDU realizou ações de Campanha Eleitoral em unidades e serviços do sector da saúde, nesta 5ª feira, 14 de setembro, numa jornada que decorreu com o lema "Garantir Direitos!", na qual usou da palavra Edgar Silva, candidato da CDU numa iniciativa junto ao Hospital Nélio Mendonça.
Como apontou Edgar Silva, «uma parte importante da população na Região Autónoma da Madeira continua excluída dos benefícios do progresso e relegada, de facto, a seres de segunda categoria. Milhares de pessoas, como acontece no sector da saúde, ficam à margem do acesso a fundamentais cuidados de saúde».
Para o cabeça de lista da candidatura da CDU «é a área da saúde que mais nos permite ver o povo que sofre». De acordo com Edgar Silva, «é no Serviço Regional de Saúde que mais nitidamente se faz sentir o sofrimento dos mais vulneráveis nesta sociedade».
«É no sector da saúde onde mais se faz sentir o grito dos pobres e dos excluídos sociais desta terra. O grito dos pobres: é o grito estrangulado de milhares de pessoas que não conseguem uma consulta médica ou uma cirurgia. É o grito de tantos idosos descartados e deixados sozinhos. É o grito de quem não tem meios para ter acesso à medicação. É o grito daqueles que não conseguem tratamento. É o grito daqueles que estão nos corredores do hospital, numa maca, sem atendimento, anonimamente, sem os cuidados de saúde de que tanto precisam. É o grito de populações inteiras privadas do direito a cuidados de saúde. É o grito das inúmeras pessoas que choram, enquanto poucos senhorios se banqueteiam com aquilo que, por justiça, é para todos», afirmou Edgar Silva.
Para o candidato da CDU «a injustiça é a raiz perversa da pobreza. O grito dos pobres torna-se mais forte a cada dia, e a cada dia é menos ouvido, porque abafado pelo barulho de poucos senhorios, que são sempre menos e sempre mais ricos».
Segundo Edgar Silva, «tantas das vezes, é na procura de cuidados de saúde que a dignidade humana é mais espezinhada. É na negação dos adequados e necessários cuidados de saúde que os pobres desta terra mais sentem a negação da dignidade humana».
Como disse Edgar Silva, «diante da dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados, impotentes diante da negação da dignidade de quem é mais frágil e menos pode. Mas, não se pode ficar de braços cruzados, indiferente, fatalista».
Para a CDU «é tempo de uma mobilização ética e política à escala regional, que desafie todas as formas de injustiça, que incida sobre as causas estruturais da pobreza e das desigualdades sociais. E essa necessidade de mobilização ética e política sente-se como urgente, especialmente, a partir do sector da saúde nesta Região e nas desigualdades no acesso à saúde».