A candidatura da CDU realizou nesta quarta-feira, 13 de setembro, acções de Campanha Eleitoral no concelho do Funchal, onde se concretizou uma Tribuna Pública no Largo do Phelps, que contou com intervenções de candidatos sobre a não resignação às desigualdades, dando voz ao protesto contra o aumento do custo de vida, e criticando os responsáveis pelas políticas geradoras de dificuldades à maioria da população.
Segundo o cabeça de lista desta candidatura, Edgar Silva, «a CDU não se resigna às injustiças e às desigualdades». Como disse o candidato da CDU, «quando a vida azeda para a maior parte da população, quando o cinto aperta, quando se agravam as dificuldades com que se confrontam as famílias, em contraste com quem está a fazer lucros fabulosos, é preciso dizer que não tem que ser assim. Não estamos condenados a tanta injustiça! Não estamos obrigados a estas crescentes desigualdades!».
De acordo com Edgar Silva, «não pode ficar tudo na mesma, como gostaria Miguel Albuquerque, quando 58% de toda a riqueza criada está nas mão dos 5%mais ricos. Não pode ficar tudo na mesma, quando os bancos asseguram por dia 10,7 milhões de euros de lucros, enquanto tanta gente é espremida que nem uvas no lagar. Não pode ficar tudo na mesma, quando os grandes grupos económicos conseguem abocanhar lucros colossais e mais de 31% da população nesta Região está em risco de pobreza».
Nesta iniciativa da Campanha Eleitoral também usou da palavra o candidato Ricardo Lume, que disse: «É cada vez mais sufocante o aumento do custo de vida, principalmente na Região onde a média do salário líquido por trabalhador é a mais baixa do país».
Sobre o aumento dos preços de bens essenciais afirmou Ricardo Lume: «Se o Governo Regional, utilizasse os poderes autonómicos para fixar os preços máximos nos bens essenciais, tal como a CDU propôs no Parlamento Regional, seria possível travar o aumento do custo de vida. Mas, o Governo Regional PSD/CDS prefere ser cúmplice dos que lucram com a especulação e assim promover a injustiça e as desigualdades».
Herlanda Amado, candidata ao Parlamento Regional, teve uma intervenção sobre a carestia de vida e seus reflexos no acesso à habitação: «A especulação imobiliária tem aumentado na Região, fazendo que seja quase impossível um trabalhador ter acesso a uma habitação condigna e a preços justos».
Disse ainda a candidata Herlanda Amado: «O Governo tem "vendido" a Região como um paraíso para os investidores do ramo imobiliário, mas os trabalhadores vão sendo empurrados para as periferias e são cada vez mais as famílias confrontadas com o drama das acções de despejo. Devido ao agravamento do custo de vida, são cada vez mais as famílias a "fazer contas à vida" e a tentar "esticar" o salário misero que recebem, para suportar as despesas do dia a dia e devido aos valores do arrendamento na Região, torna-se impossível conseguir alugar uma casa, para além do escandaloso aumento das taxas de juros, que fazem com que muitos trabalhadores deixem de conseguir pagar a casa ao banco».
Sobre as dificuldades sentidas pelas famílias, afirmou na candidata da CDU: «É inaceitável que os bancos "engordem" à custa da crescente "miséria" dos trabalhadores. É inaceitável que os governantes, tendo ao seu dispor mecanismos para travar este ataque aos trabalhadores, tornem-se coniventes com a especulação imobiliária, e em muitos casos se substituam aos agentes imobiliários, promovendo uma Região rica, enquanto os trabalhadores empobrecem».
Apontando um rumo alternativo, disse Ricardo Lume: «Não estamos condenados a esta política que promove as injustiças e as desigualdades, promovida pelo PSD e CDS, ela pode e vai ser travada. Há uma política alternativa que coloque a Autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo. Com esclarecimento, determinação, confiança e com o reforço da CDU, com mais votos e mais deputados, já no próximo dia 24 de setembro vamos construir a política alternativa, para garantir uma vida melhor a quem vive e trabalha na nossa Região, porque a ruptura com a política de exploração e empobrecimento é justa, possível, necessária e cada vez mais urgente».