Precariedade Laboral é a canga imposta aos madeirenses pelo PSD e CDS que é preciso combater
A CDU dedicou o último dia da semana social para contactar com os trabalhadores da Região, na sequencia dos diversos contactos as grandes preocupações levantadas por quem trabalha na Região estão relacionadas com a precariedade laboral e os baixos salários.
Junto às instalações do Call-Center da ALTICE, na Avenida Zarco, Ricardo Lume referiu que «A redução do desemprego e o propalado crescimento económico continuam a serem feitos através do aumento da precariedade laboral e dos baixos salários.
O Deputado da CDU utilizou dados da Direção Regional de Estatística para confirmar o aumento dos vínculos laborais a termo na Região dizendo que « já são mais de 20 mil os trabalhadores na Região com contratos precários, se a estes números juntarmos os falsos recibos verdes verificamos que mais de 25% dos madeirenses e porto-santenses que têm trabalho encontram-se numa situação de instabilidade laboral.
A precariedade laboral é a precariedade da vida, é a precariedade da família, é factor de instabilidade, atinge principalmente os jovens, em média um trabalhador com vínculo precário aufere salários inferiores em 30 % que um trabalhador com vínculo efectivo .
A principal causa de desemprego é o fim de contratos não permanentes, ou seja vínculos laborais precários, que por exemplo, no mês de maio de 2023 representou 27,1% do total dos novos inscritos no Instituto de Emprego da Madeira, ou seja, são mais 211 trabalhadores madeirenses que engrossam as fileiras do desemprego quando se diz que existe falta de mão de obra.
Pelo facto de a precariedade atingir principalmente os jovens trabalhadores e pelo facto da precariedade laboral ser uma antecâmara do desemprego 28,1% dos desempregados na nossa Região são trabalhadores com idade entre os 18 anos e os 34 anos, são mais de 2.386 jovens que estão desempregados.»
Ricardo Lume concluiu dizendo que «A precariedade laboral é a canga que o PSD e CDS impõe ao povo madeirense principalmente aos jovens.
Perante esta realidade é necessário tomar medidas para inverter o rumo de precarização do mundo do trabalho, valorizando o trabalho e os trabalhadores, garantindo emprego com direitos e valorizando os salários e as remunerações, garantindo que a cada posto de trabalho permanente represente um vínculo laboral efectivo.»