CDU defende Plano Estratégico para a promoção do sector primário e a valorização do rendimento dos produtores

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A CDU esteve hoje no Mercado do Santo da Serra numa acção de contacto com os produtores para apresentar um Projeto de Decreto Legislativo Regional que vai entregar na Assembleia Regional que defende a criação de um Plano Estratégico para a promoção do sector primário na Região Autónoma da Madeira.

Uma Região Autónoma que não assume como prioridade a produção primária como forma de assegurar, em níveis razoáveis, a satisfação desta necessidade imediata das populações é uma Região onde está posta em causa a sua efetiva Autonomia.

Analisando os resultados disponíveis relativos à balança comercial de bens alimentares pode concluir-se que, em 2021, a Região importou 33 milhões de euros de produtos agrícolas, e os restantes produtos alimentares representaram 21,1% do total das importações, ou seja, mais de 51 milhões de euros.
A situação atual no que concerne à produção agroalimentar na Região Autónoma da Madeira requer a adoção de medidas urgentes que invertam o sentido de dependência a que se assiste.
A falta de atratividade deste sector é consequência das opções da política de exploração e empobrecimento que o PSD e CDS impõem a quem vive da agricultura. É injusto o agricultor comprar adubo, comprar o remédio para as pragas, pagar água de rega, para vir alguém comprar a semilha a 0,30€ ou 0,40€ ao produtor para depois venderem nos supermercados a 1,30€. O mesmo acontece com os produtores da cana de açúcar, que recebem 36 cêntimos ao kilo de cana, ou seja, seriam precisos cerca de 2182kilos de cana para um agricultor tirar o equivalente a um salário mínimo, ou seja, 785€.
O exemplo da banana também é gritante o agricultor/produtor recebe 0,69€ ao kilo de banana, sendo que seria preciso vender cerca de1133kilos de banana para ganhar o equivalente ao salário mínimo.
Esta realidade é inaceitável, o Governo Regional da Madeira juntamente com os grandes empresários estão a sugar o sangue, suor e lágrimas dos agricultores e isto tem de acabar.
Importa garantir a valorização do trabalho dos produtores pagando o justo valor pelos produtos agrícolas, pois o que verificamos é que os intermediários, estão a lucrar muito a pretexto da inflação, mas continuam a não pagar o justo valor pelos produtos agrícolas.
Importa, , preservar o uso dos solos mais produtivos para a prática agrícola e assim melhorar os níveis de autoaprovisionamento de alimentos.
Importa criar um Plano Estratégico para a promoção do sector primário na Região Autónoma da Madeira instrumento de planeamento dos programas e medidas necessárias para dotar esta Região Autónoma de capacidade de aprovisionamento e de acesso a bens alimentares, combater desequilíbrios acentuados na balança alimentar regional, garantindo a valorização do sector primário da região, assim como garantir um maior e mais justo rendimento aos produtores e trabalhadores deste sector.

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