No decurso da iniciativa o deputado Ricardo Lume, proferiu a seguinte declaração:
A população está preocupada com o aumento exponencial da actividade das pedreiras e britadeiras dos Socorridos, para além do tráfego excessivo de camiões que trazem pedra e areão para as instalações, para além de poeiras libertadas por toda esta operação que coloca em risco a saúde pública das populações que residem ali perto mas, também está a arruinar as produções agrícolas que existem nesta localidade, esta realidade amplia o atentado ambiental que é ter um unidade industrial com estas características na zona de cheia de uma Ribeira como a Ribeira dos Socorridos, mas também representa um verdadeiro perigo para pessoas e bens.
É importante referir que este material inerte está a ser depositado no Vale da Ribeira dos Socorridos na sua zona de cheia a montante do Parque Empresarial da Zona Oeste (PEZO) e da Central Termoeléctrica da Vitória, responsável pela maior produção de energia na Região.
A CDU considera que esta é uma situação de estrema gravidade tendo em conta as consequências que atualmente esta realidade já está a ter para a saúde pública, para os produtores da localidade, e pelos impactos ambientais inerentes à densificação desta atividade no Vale dos Socorridos mas, também consideramos que a não serem tomadas medidas imediatas, podemos estar perante uma situação de negligencia por parte das autoridades regionais, nomeadamente o Governo Regional e a CMF, em permitir que sejam colocados milhares de metros cúbicos de inertes a montante do PEZO com todas as consequências que podem vir a ter para a segurança de pessoas e bens.
Atendendo a todas as agressões ao meio ambiente, como também perante a eventual negligência da não adoção de medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível, a CDU a par desta denúncia pública vai intervir junto das autoridades competentes pois importará apurar se existe matéria suficiente para a instauração de processo por crime ambiental e eventuais cumplicidades com estas práticas por parte do Governo Regional e da CMF.