A CDU esteve hoje junto ao Centro Comercial La Vie no âmbito de um conjunto de acções de contacto com as mulheres trabalhadoras, assinalando o Dia Internacional da Mulher, que se comemora amanhã dia 8 de março.
Nesta iniciativa a dirigente da CDU, Herlanda Amado, afirmou que «O Dia Internacional da Mulher nasceu em 1910 para dar força à luta organizada das trabalhadoras contra a exploração. Uma data que se tornou símbolo de luta para sucessivas gerações de mulheres pela consagração de direitos, pela igualdade e emancipação, num mundo de paz e de progresso. Uma comemoração plena de actualidade na defesa dos direitos das mulheres, na lei e na vida. Nos dias de hoje falar sobre o respeito e cumprimento dos direitos das mulheres trabalhadoras, é falar de uma batalha travada diariamente nas empresas e locais de trabalho, do sector público e privado.
É necessário pôr fim à continuada desvalorização das trabalhadoras; aos salários baixos, horários desregulados, ausência de progressão nas carreiras, precariedade laboral e ao desemprego. Esta instabilidade leva a que as trabalhadoras tenham o primeiro filho cada vez mais tarde e as que optam por ter filhos, continuam sujeitas às longas jornadas laborais que limitam o direito à amamentação e acompanhar os filhos no seu crescimento.
Todas estas situações são agravadas pela acentuada perda de poder de compra das famílias confrontadas, com mais mês do que salário, porque o dinheiro que sobra é cada vez menos para garantir os bens essenciais a uma alimentação equilibrada e saudável.
O PCP saúda as mulheres e apela a que esta comemoração afirme a sua luta de todos os dias.
O País não está condenado à desigualdade e ao empobrecimento, nem as desigualdades, discriminações e violências sobre as mulheres são uma fatalidade. Elas atentam contra a dignidade e direitos das mulheres e são um obstáculo à justiça social e progresso da sociedade.
As políticas impostas pelo Governo da República e o Governo Regional, são um dos maiores obstáculos à eliminação das discriminações entre homens e mulheres e ao cumprimento dos direitos das mulheres, enquanto trabalhadoras, cidadãs e mães.
Na Assembleia da República a maioria absoluta do PS, em convergência com o PSD, IL e Chega, e o Governo Regional de coligação PSD-CDS, são responsáveis pela perda de poder de compra; pelos baixos salários e pensões; pelo alastramento da desigualdade, pela recusa da fixação de preços na energia e nos alimentos, favorecendo a especulação e a acumulação de lucros privados.
As mulheres contam com a intervenção da CDU nas ruas, nas empresas e locais de trabalho e no plano institucional para que que se cumpram os direitos das mulheres, que lhes assegure a igualdade no trabalho e na vida; pela valorização do trabalho com aumento geral dos salários; no combate pelo fim da precariedade laboral e das discriminações salariais e em função da maternidade; pelo direito à habitação com condições, dignidade e preços acessíveis; pela promoção dos direitos das crianças, com a gratuitidade das creches e a criação de uma Rede Pública e dos direitos de maternidade e paternidade; pela garantir efectiva de utilizar todos os mecanismos para protecção às mulheres vítimas de violência.
Afirmamos hoje com toda a convicção, tal como reafirmámos no passado, que para a Região e o País progredirem, a intervenção das mulheres é fundamental. Mobilizar, organizar e Lutar, para a real efectivação dos direitos e à igualdade, no trabalho e na vida.