Os candidatos da CDU à Assembleia Legislativa da Madeira promoveram nesta segunda-feira, 28 de agosto, nos Álamos uma iniciativa na qual Edgar Silva, cabeça de lista desta candidatura, afirmou que «as obras inacabadas criam zonas de exclusão social».
Referindo-se aos «muitos terrenos expropriados e aos projetos de desenvolvimento que nunca foram executados», Edgar Silva apontou a negligência do Governo Regional da Madeira que «se comprometeu a implementar desde o Vale da Penteada até aos Álamos, no concelho do Funchal, um polo de progresso social e cultural. Depois de construídos alguns dos empreendimentos públicos previstos, os governantes abandonaram aquela zona, abandonaram o povo, e criaram uma das maiores zonas de exclusão».
De acordo com Edgar Silva, «é na zona dos Álamos, no Beco dos Álamos, nas margens da Ribeira de Santo António, é aqui que existe, na Madeira, o maior número de barracas por metro quadrado, é aqui que existem inúmeras casas sem o mínimo de condições de habitabilidade, é aqui que existe um dos maiores contrastes da desigualdade: ao lado das piscinas olímpicas estão as barracas em que moram tantas famílias abandonadas pelos governantes».
Para a CDU, «a zona dos Álamos é um dos exemplos mais evidentes de como, ao longo de vários anos, o povo tem ficado de fora do Orçamento Regional. Faltam investimentos urbanísticos, faltam infraestruturas rodoviárias, faltam equipamentos públicos, falta a reabilitação habitacional. Por isso, é preciso pôr o povo no Orçamento. Ao contrário das opções elitistas que têm norteado as prioridades e as decisões do governo PSD/CDS, faz falta uma reorientação do modelo de desenvolvimento de forma a que o povo e as suas urgências passem a encabeçar a estrutura da orçamentação regional».
Segundo Edgar Silva, «as obras inacabadas entre o Vale da Penteada e os Álamos penalizam o povo que ali vive e criam abismos de desigualdade social que se arrastam há vários anos, sem que o Governo Regional revele o mínimo de vontade política para a resolução dos problemas que ali se agravam».
Para a CDU, «aqui, como em tantas outras localidades marcadas, negativamente, pelas políticas de exclusão social, é possível criar alternativas. Com outra política de desenvolvimento regional é possível viver melhor na nossa terra».