A CDU levou a cabo nesta quinta-feira uma iniciativa política contra o encerramento de escolas públicas na Região Autónoma da Madeira, tomando, pela negativa, como exemplo das consequências desastrosas do fecho de escolas o caso concreto das Fontainhas, na freguesia da Quinta Grande.
Nesta iniciativa da CDU disse a candidata Carolina Cardoso: «A zona das Fontainhas não pode ser a terra dos esquecidos! Aqui não há nenhum equipamento público, a escola que há, está fechada há largos anos sem que os governantes deem um uso ao edifício para usufruto da comunidade, não há qualquer estratégia de combate à desertificação e aos problemas sociais que daí advêm, é preciso encontrar soluções e pô-las em prática».
Das consequências negativas decorrentes do encerramento de escolas públicas disse o candidato Edgar Silva: «As Fontainhas, tal como em tantas outras localidades desta Região, o fecho da escola fez desaparecer aquele que era um fundamental pólo de dinamização das comunidades locais. Fechar a escola implicou a morte social do povo das ultraperiferias. Desativar a escola fez desaparecer as forças vivas, fez anular a presença de proximidade de agentes educativos e culturais, de dinamismos sociais, de decisivos protagonistas do desenvolvimento local».
Conforme destacou o candidato da CDU, «fechar escolas é crime político. Deixar escolas ao abandono é atentar contra a vida de um povo. É politicamente criminoso fechar escolas sem que se tenham criado projetos alternativos para o bom uso daqueles espaços em favor das comunidades em cada uma das localidades em que os governantes decidiram desativar escolas públicas. E nas Fontainhas, como em muitas outras escolas que foram destruídas pela governação, os edifícios públicos estão votados ao abandono. Aí, não é só o edifício que foi a escola a ser abandonado e destruído. Foram os governantes que desistiram do povo, desprezaram e humilharam o povo quando desfiguraram a escola que já foi para o povo esperança de uma vida melhor».
Para a CDU, «as escolas, e não apenas aquelas que ainda estão de portas abertas, numa terra marcada por tanta exclusão social, onde existem tão fundas desigualdades sociais, quando se fazem sentir tamanhas necessidades de formação ao longo da vida, de sobre maneira, as escolas públicas podem ser responsáveis por novas políticas sociais ativas, dinamizando projetos do desenvolvimento sócio educativo com impactos transformadores das localidades».