O PCP desenvolveu hoje, quarta-feira, dia 26 de Novembro de 2014, uma acção política e de contacto directo com os trabalhadores do Grupo Horários do Funchal para abordar os impactos negativos do processo de privatização daquele grupo empresarial de importância vital para a Região e para as populações, um processo que, até à data, foi feito nas costas dos trabalhadores e das suas associações representativas, bem como de todas as forças vivas da nossa sociedade. E isto por si só já seria motivo para repudiar tal atitude por parte da Administração do Grupo e do Governo Regional.
Mas como é de fácil constatação, todos os processos envolvendo privatizações de empresas públicas realizadas na Região e no País foram sempre danosos para os trabalhadores e, em muitos casos, reduziram a qualidade do serviço prestado às populações. Os desenvolvimentos que decorreram até agora demostram que neste caso as coisas não serão diferentes se os trabalhadores não se mobilizarem para travarem este processo de destruição de postos de trabalho e de redução da qualidade de trabalho.
Desde o anúncio da privatização já foram extintos cerca de 100 postos de trabalho, postos esses que são fundamentais para garantir um bom funcionamento das empresas do grupo e a prestação de um bom serviço de transportes públicos. Esta privatização visa entregar, uma vez mais, bens e serviços de interesse público e de importância estratégica nas mãos de interesses privados, ávidos de novas fontes de lucro, de novos mercados, de novas fórmulas de subjugação e de controlo dos cidadãos, o que em nada beneficia nem os trabalhadores, nem os seus utentes. Bem pelo contrário: privatizar o Grupo Horários do Funchal é apenas e só uma forma de destruir postos de trabalho e reduzir a qualidade do serviço em nome do lucro.
O PCP apela a todas as forças (políticas, sindicais, associativas e representativas dos trabalhadores e movimentos sociais) que estão contra este processo de privatização para que se mobilizem de forma impedir que o mesmo se concretize, sob pena de provocar um retrocesso no sector dos transportes públicos de mais de 30 anos.