A CDU realizou na manhã do dia 13 de Março, iniciativas de campanha eleitoral no Bairro de Santo Amaro, no concelho do Funchal, onde o candidato Edgar Silva afirmou que «o problema da habitação é continuar a construção de casas que as pessoas não podem comprar».
Segundo Edgar Silva, referindo-se ao maior problema social com que a Região Autónoma da Madeira está confrontada, disse: «O problema da Região não é a falta de casas no mercado. O problema é a falta de casas que as pessoas possam pagar. Não faltam casas para os investimentos dos fundos imobiliários. Não faltam casas para os “nómadas digitais” e residentes não habituais com altos salários. Não faltam casas para os “vistos gold”, não faltam casas para transformar em alojamento turístico, mas as pessoas com baixos rendimentos são expulsas das suas casas, os jovens são obrigados a permanecer em casa dos pais, e os trabalhadores com baixos salários são obrigados a viver em condições habitacionais tantas vezes precárias, tantas vezes partilhadas, tantas vezes degradadas, tantas vezes indignas».
Disse ainda Edgar Silva: «Grande parte da população, e particularmente os jovens, estão hoje confrontados com a quase inexistente oferta de habitação pública, com aumentos especulativos dos valores das rendas e com taxas de juro e prestações bancárias incomportáveis».
De acordo com Edgar Silva, «no Bairro de Santo Amaro temos um dos exemplos bem evidentes da incapacidade dos governantes em tomar medidas para a resolução do direito à casa nesta terra. Em Santo Amaro, como no Caniçal, como no Caniço, e noutros lugares, muitas famílias construíram as suas casas, depois da cedência de solos, mas tantos anos depois, os governantes ainda nem foram capazes de garantir o pleno direito à casa de cerca de 500 habitações nestas condições, ainda não foram capazes de resolver a cedência plena do direito de superfície a tantas famílias que ficam sem o efetivo direito à habitação».
Para a CDU, «a gravidade do problema social na Madeira e no Porto Santo exige soluções, e exige a rutura com um caminho que tem vindo a ser prosseguido, de promoção da especulação imobiliária, de mercantilização da habitação e de liberalização de preços, e exige a rutura com um caminho em que a habitação é considerada, sobretudo, como mais uma oportunidade de negócio para obtenção de lucros e não como um direito fundamental».
Como referiu Edgar Silva, «o voto na CDU é o garante de que no Parlamento haverá a voz e a força da luta pelos direitos. O voto na CDU é o garante de que os direitos sociais terão o primeiro lugar na Assembleia Regional».