No almoço/comício realizado pela CDU neste domingo no Funchal, no qual participaram mais de 200 pessoas, tiveram lugar as intervenções políticas em que usaram da palavra Gonçalo Ramos, em nome da Juventude CDU, e o coordenador regional, Edgar Silva.
Gonçalo Ramos deu destaque na sua intervenção à necessidade de «respostas imediatas aos problemas económicos e sociais, na concretização de uma política alternativa capaz de criar um outro rumo político nesta Região e no País».
Edgar Silva, ao referir a situação política regional, agora que já foi aprovado o Programa de Governo e quando se prepara o próximo Orçamento Regional, disse que «nesta legislatura não só temos mais do mesmo, com o prolongamento da antiga política de injustiça social e de agravamento das desigualdades sociais, como já é certo e sabido que este governo não conseguirá alcançar nenhuma das suas metas e nenhuma das suas promessas». Ao que adiantou de forma mais específica: «Quando nós perguntávamos por 3 metas deste governo para esta legislatura, Miguel Albuquerque apontou em 1º lugar, a entrada em funcionamento do Novo Hospital; depois, a resolução do problema da habitação; em 3º lugar, atingir maior coesão social. Assim, a esta distância, é mais do que certo que, daqui a 4 anos, este governo não será capaz de realizar qualquer destes objetivos. Será um fracasso!».
De acordo com Edgar Silva, «este governo não conseguirá, de modo algum, ter em funcionamento o Novo Hospital, porque, devido a erros de decisão política, ele já está atrasado, tendo uma derrapagem no tempo, para além de 2027. Este governo será incapaz de resolver o problema de milhares de famílias que esperam e desesperam pelo direito à casa, porque as suas prioridades vão noutro sentido. Este governo não realizará maior coesão social, porque a sua prioridade é a de saciar os senhores do mando e os seus lucros».
Para o coordenador regional, «esta é, por outras vias, a situação a que chegámos a nível nacional. É o resultado da política de direita. Se na Madeira é pela mão do PSD e das suas bengalas que a política de direita nos conduz para o tormento do dia a dia, com o aumento do custo de vida, com o agravamento da injustiça social, do mesmo modo, na República, pelas mãos do PS, temos a crise política, em resultado da mesmíssima política de direita. O que temos, cá e lá, é a acumulação de lucros fabulosos por parte das grandes empresas, ao mesmo tempo que sobram dificuldades para a larga maioria da população. Cá e lá, quer na Madeira, quer em Lisboa, quer com o PSD, quer com o PS, o que existe é a governação colocada ao serviço dos grupos económicos. Cá e lá, PSD e PS, ostentam os mesmos compromissos com os interesses dos bancos, com os interesses dos grandes da construção civil e da hotelaria, da grande distribuição e da energia».
Em contraposição, segundo Edgar Silva, «agora que se avizinham eleições para a Assembleia da República, este é um tempo de decisões. É preciso mudar de política. Ao contrário do que fazem PS e PSD, cá e lá, é urgente responder aos problemas enfrentados pelas populações na dura realidade de todos os dias. A vida difícil de todos os dias aí está e marca a realidade. Por isso, são necessários compromissos para os salários e pensões, compromissos com a habitação e para superar as dificuldades de acesso ao Serviço Regional de Saúde. É hora de mudar de política!».
A concluir disse ainda Edgar Silva: «Esta é a hora de exigir um caminho diferente. As eleições convocadas para 10 de março são uma oportunidade para romper com a política de direita e, através do voto, garantir outras condições para uma vida melhor. E para uma vida melhor para os trabalhadores e para o povo só com a CDU mais forte. Só com mais votos na CDU poderemos dar solução aos graves problemas que atingem o País».