A CDU realizou nesta tarde uma iniciativa polÃtica regional nas zonas altas da freguesia do Monte, no concelho do Funchal, sobre os problemas que se prolongam no tempo quanto à má gestão da floresta na Região Autónoma da Madeira, onde o Coordenador Regional, Edgar Silva, referiu ser inaceitável que «em tantas áreas atingidas pelos incêndios de 2016 se tenham agravado os fatores de risco de incêndio para a floresta».
Para a CDU, «os últimos incêndios florestais, em outubro de 2023, na Ilha da Madeira confirmam, de forma trágica para a Região Autónoma da Madeira e para as suas populações, extensos prejuÃzos económicos e profundos custos para a conservação da natureza. Repetem-se grandes incêndios, com imensa capacidade destruidora, na Ilha da Madeira com consequências lesivas para todo o desenvolvimento regional».
Como referiu Edgar Silva, «em muitas das localidades as populações, como acontece nas zonas dos Lombos, nas zonas altas do Funchal, estão a implorar aos governantes para que limpem a floresta, para que tomem medidas para travar a multiplicação das áreas com plantas infestantes e resÃduos florestais abandonados».
Segundo Edgar Silva, «depois dos grandes incêndios de 2016, repetiram-se, em outubro de 2023, grandes incêndios florestais na Ilha da Madeira. Em vários concelhos, os incêndios florestais afetaram diversas localidades, provocaram um vasto rasto de destruição de bens públicos e privados, de infraestruturas e equipamentos, de zonas florestais e de áreas de elevado interesse patrimonial público. Algumas famÃlias foram lesadas nas suas habitações e muitos agricultores e produtores florestais perderam a produção e, nalguns casos, voltaram a perder tudo ou parte, tal como já tinham perdido em anteriores incêndios florestais».
Para a CDU, «os incêndios deste mês de outubro colocam a urgência de tomar medidas resolutivas. A consciência global quanto à defesa da floresta de modo a garantir bases sólidas de desenvolvimento sustentável e a impedir a rápida degradação dos recursos naturais exige o encetar de esforços através de medidas audazes e eficazes no sentido da salvaguarda da floresta».
Neste sentido, «a CDU apresentará a proposta de criação de novos instrumentos para a defesa da floresta, designadamente, visando a criação de Gabinetes Técnicos Florestais. A consciência de que os incêndios florestais constituem uma séria ameaça à floresta, que compromete a sustentabilidade económica e social da Região requer medidas estruturantes e interligadas para a prevenção de riscos. Neste sentido, para uma polÃtica de defesa da floresta contra incêndios são necessárias medidas inseridas no quadro de defesa do ambiente e ordenamento do território, de desenvolvimento rural e de proteção civil, coresponsabilizando o poder regional, o Governo e as Autarquias, o movimento associativo e os cidadãos, para que se possa alcançar uma conjugação e convergência de esforços».