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A CDU promove no próximo sábado, 2 de junho, pelas 10.30, no Funchal, uma iniciativa política regional, às portas do Mercado dos Lavadores, com a finalidade de manifestar o protesto público contra o aumento do custo de vida na Região Autónoma da Madeira.

 

O aumento do custo de vida é a maior preocupação de 93% dos cidadãos da União Europeia e de 98% dos portugueses, de acordo com um recente Eurobarómetro. A segunda preocupação mais referida pelos europeus e também pelos portugueses é a ameaça de pobreza e a exclusão social.

Em todos os Estados-Membros da UE, mais de sete em cada dez inquiridos estão preocupados com o aumento do custo de vida, com os resultados mais expressivos a verificarem-se na Grécia (100%), Chipre (99%), Itália e Portugal (ambos com 98%). 

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, noutro estudo comparativo, entre janeiro e fevereiro de 2023 sobre o Índice de Preços no Consumidor (IPC), o índice referente aos produtos alimentares registou um aumento de 18,5%, e em janeiro para 20,1%, que segundo o INE, é a mais elevada desde maio de 1990. Além disso, há também um aumento nas taxas das Comunicações, que passou de -1% para 3,6%; na taxa de Lazer, recreação e cultura, passando de 2,7% para 4,1%.

Outro estudo recente, o inquérito da CESOP — Centro de Estudos e Sondagens de Opinião — ligado a Universidade Católica, e divulgado pelo jornal “Público”, em fevereiro de 2023, aponta a preocupação dos portugueses com relação à inflação e ao custo de vida. O inquérito apontou que a preocupação dos portugueses com relação ao rendimento subiu de 24% em 2022 para 36% em 2023. Além disso, 72% apontaram que em 2023, o rendimento está pior que o ano anterior. Sobre o custo de vida, 25% dos entrevistados revelaram que andam com dificuldade de realizar os seus pagamentos com relação à alimentação, saúde e medicamentos.

Ainda naquele estudo se infere que, quanto às despesas de casa, 21% dos entrevistados se encontram com dificuldade de pagar os alugueis ou prestação do financiamento do imóvel, assim como as contas básicas de água, energia e gás. As despesas com creches, lares de idosos e escolas também entraram na preocupação dos portugueses, com 17% apontando dificuldades no pagamento.

Na Região Autónoma da Madeira todos estes efeitos críticos se fazem sentir com a agravante de acréscimos resultantes da insularidade distante. Os salários, as reformas e as baixas pensões, para a maior parte do povo desta Região Autónoma, tornam insuportável estes aumentos do custo de vida.

É esta realidade feita de crescentes dificuldades sentidas pelo povo que justifica a intervenção da CDU para promover no Funchal, no próximo sábado, 3 de junho, uma iniciativa política regional com o objetivo de dar voz ao protesto contra os responsáveis por toda esta situação.

Quer  por parte do Governo da República, de maioria PS, quer por parte do Governo Regional da Madeira, de maioria PSD/CDS, que são os responsáveis diretos por todo este quadro de agravamento das condições de vida das populações, estão a ser desencadeadas políticas que favorecem a especulação dos preços e lucros escandalosos para os grandes grupos económicos, fomentam a inflação e favorecem a exploração de quem trabalha por conta de outrem, penalizando, deste modo, as populações com menores recursos económicos.   

Assim, a CDU procurará dar voz a todos os que sentem na pele o agravamento do preço de bens alimentares, dos combustíveis, o aumento do custo de vida, mobilizando a força do protesto político para travar este processo de roubo que está em curso, demonstrando a indignação e reivindicando medidas concretas para a alteração do aumento do custo de vida.

A iniciativa promovida pela CDU contra o aumento do custo de vida nesta Região Autónoma afirma também que é possível viver melhor na nossa terra!

 

Pela Gabinete de imprensa da CDU

Funchal, 28 de maio de 2023