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A CDU realizou uma acção de contacto com a população na zona das Madalenas, na Freguesia de Santo António para defender um conjunto de medidas fundamentais para garantir o direito à habitação: 

No decurso da acção política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte declaração:
«Ontem o Banco Central Europeu anunciou o sexto aumento das taxas de juro em menos de um ano.
A manter-se o aumento das taxas de juro milhares de famílias podem vir a ser colocadas, a breve prazo, numa situação em que não conseguem suportar o pagamento das prestações do crédito bancário, ficando ameaçadas de perder a sua habitação.

lucros

Enquanto as prestações não param de aumentar, os bancos têm cada vez mais  lucros, os quatro maiores Bancos privados lucraram em 2022 1891 milhões de euros, mais 81% do que tinham lucrado em 2021.

As pessoas não podem ficar sem a sua casa ou ter de escolher entre comer ou pagar a prestação, que garante lucros fabulosos à Banca.

As medidas propagandeadas pelo Governo da República PS e a pelo Governo Regional do PSD e CDS no que diz respeito ao apoio ao crédito á habitação das famílias  não dão resposta à gravidade da actual situação e promove ainda mais a agiotagem da Banca.

PS, PSD e CDS continuam a defender os lucros dos bancos em detrimento dos direitos das pessoas.

As medidas governamentais para dar resposta ao aumento das prestações do crédito à habitação são equivalentes a querer curar uma pneumonia com um rebuçado de funcho.

Até pode adoçar a boca, mas, a patologia continua e até pode agravar-se.

O que é preciso é por os lucros dos bancos a pagar a subida das taxas de juro!

Para isso a CDU defende a implementação imediata das seguintes medidas:

 -  travar a subida das prestações das famílias e por os lucos dos bancos a suportar as subidas das taxas de juro;

- fixar o limite máximo da prestação em 35% do rendimento mensal do agregado familiar;

- criar uma moratória, por um máximo de 2 anos, suspendendo a amortização do capital e pagando juros apenas a uma taxa igual àquela a que os bancos se financiam;

- conversão do crédito em arrendamento com possibilidade de retoma do empréstimo no prazo de 10 anos, descontando as rendas pagas.

- criação de um crédito habitação com juros bonificados para jovens até aos 35 anos de idade.

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