Escritores da Cidade – Dia da Cidade

 

Afirmar a identidade do Funchal

  

Uma cidade como o Funchal, com 500 anos de história, é uma realidade que na sua radicalidade é um ser histórico.

 

O Funchal tem uma identidade e uma individualidade próprias, que se espalham na obra literária, na ficção e na poesia de todos quantos vivenciaram o Funchal nas diferentes épocas e etapas da sua longa história.

 

É a experiência concreta do passado, vivido e vivenciado no dia-a-dia da cidade e projectado no percurso do futuro, produtor da obra literária. A cidade arquivo e laboratório, como diria o arquitecto, ensaísta e catedrático Fernando Chueca Goitia.

 

Esta iniciativa da CDU visa, por isso, a afirmação da identidade e individualidade do Funchal, contributo para a consciência colectiva da cidade, que rompa com o processo de desintegração e fragmentação da cidade.

 

O Funchal desintegrado socialmente, com as suas manchas de pobreza, fragmentado urbanisticamente, zonado ao sabor dos interesses imobiliários e dos grupos de pressão, onde o centro se opõe à periferia e a beira-mar às zonas altas; o Funchal onde se opõe o novo ao antigo, o passado ao presente sem projecto e sem estratégia, onde a cidadania é, diariamente, expropriada pelo poder político, necessita de um novo paradigma que apele à sua alma mais profunda de que a palavra escrita é repositório.

 Essa alma que é possível reencontrar na obra dos poetas e ficcionistas e reinventar num novo projecto que, como afirmou o “Congresso da Cidade”, a relação do Funchal com a sua história e com o seu património cultural e a afirmação da cidadania crítica e participativa sejam linhas orientadoras para o novo paradigma e para o futuro da capital da RAM. 

                                                                             

 

       

Escritores da Cidade – Dia da Cidade

 

Exposição 30 escritores do Funchal – Poesia, Ficção, Teatro

   

Concebida como uma saudação ao Funchal no seu dia de festa (e uma semana sequente), esta exposição reúne as obras individuais de poesia, de conto, de romance e de teatro de 30 escritores nascidos ou radicados na cidade.

 

Esta mostra não pretende ultrapassar o nível de mera divulgação e promoção das nossas Belas Letras, chamando a atenção para o interesse de um encontro com a produção literária de escritores do Funchal. As nossas condições de espaço não permitem maior amplitude.

 

Curiosamente, os principais galardões literários foram atribuídos a escritores madeirenses, caso dos Grande Prémio do Romance e Prémio Ler (Helena Marques), do Grande Premio do Conto (José Viale Moutinho) e Grande Premio de Poesia (José Agostinho Baptista), para além dos Prémios Edmundo Bettencourt (Carlos Nogueira Fino, Teresa Klut, Ana Teresa Pereira, Maria Emília Osório de Castro, José Viale Moutinho), entre outros.

 

Obviamente, não se esgota aqui o tema. Trata-se apenas de sugerir para que se constituam equipas para a organização de um dicionário de autores madeirenses desde os poetas palacianos aos nossos dias, de um atlas de geografia literária a nível da Região Autónoma da Madeira e de um arquivo especializado na nossa Literatura, integrando espólios de manuscritos, correspondência, imagens e som, edições raras, etc.…

 

A CDU, que integra, para além da ID – Intervenção Democrática, do Partido Ecologista “Os Verdes”, e outros democratas, um partido como o PCP, no âmbito do qual, ao longo da sua história, têm enfileirado numerosos escritores portugueses, não pode deixar de dar sinal das vozes dos escritores madeirenses, não importa à área ideológica a que pertençam.

 

A organização desta mostra é uma manifestação inequívoca das preocupações em proceder a uma série de amostragens culturais da Região Autónoma da Madeira.

 Nesta mostra – aliás bem modesta em matéria de números de escritores e espécies bibliográficas – os visitantes poderão anotar o universo da Literatura Madeirense. É um primeiro passo, e de iniciativa partidária. É um exemplo com propostas de qualidade literária que, insistimos, não está de nenhum modo encerrada.      

                                                                             

 

 

        

30 AUTORES & 153 LIVROS

 

de autores da Cidade do Funchal

 

    

A. J. Vieira de Freitas:

 

- 14 Poemas Inéditos – 1988.

  

Amélia Bento Gouveia:

 

- Olhos de Veludo – poemas, 2000.

   

Ana Margarida Falcão:

 

- O Largo – contos, 1995

  

- Z de Zacarias – romance, 1991.

  

Ana Teresa Pereira:

 

- A coisa que eu sou – contos, 1997

  

- A Neve – romance, 2006. Prémios Máxima de Literatura e Edmundo Bettencourt

  

- A Última História – romance, 1991.

  

- As Rosas Mortas – romance, 1998.

  

- Contos – 2003.

  

- Histórias Policiais – 2006.

  

- Intimações da Morte – romance, 2002

  

- Num lugar solitário – romance, 1996

  

- O Fim de Lizzie – novelas, 2008.

  

- O Rosto de Deus – novelas, 1999 

   

- O sentido da neve – contos, 2005

  

- O Vale dos Malditos – novela, 2000

  

- O Verão selvagem dos teus olhos – romance, 2008.

  

- Quando atravessares o rio – romance, 2007.  

  

- Se nos encontrarmos de novo – romance, 2004

   

António Aragão:

 

- Electrografia 1, 2 e 3 - poemas visuais. 1990.

  

- Folhemas 1 e 2 – poemas, 1966.

  

- Metanemas – poemas visuais, 1981.

  

- Os 3 Farros – c/Alberto Pimenta, narrativas, 1984-

  

- Os Bancos antes da Nacionalização – poemas, 1974.

  

- Pátria. couves. deus. etc. com tesão. política. etc. - narrativas, 1993. 3ª ed.

  

- Poema Azul e Branco – 1970.

  

- Poema Vermelho e Branco – 1971.

  

- Textos do Abocalipse I – narrativas, 1992.

  

- Um buraco na boca – romance, 1971.

  

- Um buraco na boca – romance, 1993. 2ª ed.

   

Cabral do Nascimento:

 

- Além-Mar – poemeto, 1917.

  

- Alguns sonetos – 1924.

  

- As três Princesas Mortas num Palácio em Ruínas – poemas, 1916.

  

- Descaminho – poemas, 1926.

  

- Descaminho – poemas, sd. 2ª ed.

  

- Litoral – poemas, 1932.

   

Carlos Cristóvão:

 

- As ondas e o Vale – contos, 1962. 2ª ed.

  

- O Senhor dos Milagres de Machico e outra peça – 1971.

  

- Vale a pena viver – poemas, 1962.

   

Carlos Nogueira Fino:

 

- (Pré)meditação – poemas, 1992.

  

- 39 poemas – 2006.

  

- Arco e Promontório – poemas, 1997. Prémio Edmundo de Bettencourt.

  

- Este cais vertical – poemas, 1989.

  

- Funchal – poemas, 2004.

  

- Inquietação da Água – poemas, 1998.

  

- Maratona & outros poemas – 1999.

  

- O Deus Familiar – poemas, 2001.

  

- Segundo Livro de Ishtar – poemas, 1994.

  

- Simbiose – poemas, 1988.

  

- XXIII poemas da Ilhamar – 1987. Prémio Leacock.

   

David Pinto Correia:

 

- Onze mais um Poemas e Lugares – 2001.

   

Edmundo Bettencourt:

 

- Poemas de Edmundo de Bettencourt – 1999.

   

Ernesto Leal:

 

- Tio, Ilha, Anonas e Estrelas – antologia de contos, 2008.

   

Eurico de Sousa:

 

- A Festa sendo em Agosto – poemas, 1980.

  

- Disgrafia Florestal – poemas, 1995.

   

Fátima Pitta Dionísio:

 

- Amor em Memória – poemas, 1999.

   

Francisco Fernandes:

 

- A Casa do Penedo da Gaivota – romance, 2004. Menção especial do Prémio Edmundo Bettencourt.

  

- Memórias com Mar - Narrativa, 200

   

Helena Marques:

 

- O Último Cais – romance, 1992,  Grande Prémio de Romance, Premio Procopio de Literatura, Premio Revista Ler,Premio Bordalo de Literatura e Premio Máxima de Literatura.

   

Herberto Hélder:

 

- A Colher na Boca – poemas, 1961.

  

- A Faca não corta o fogo – poemas, 2008.

  

- Apresentação do rosto – narrativas, 1968.

  

- Electronicolirica – poemas, 1964.

  

- Lugar – poemas, 1962.

  

- O Amor em Visita – poemas, 1958.

  

- Os Passos em Volta – contos, 1994, 6ª ed.

  

- Ou o poema contínuo – súmula, 2001.

  

- Retrato em Movimento – poemas, 1967.

   

Horácio Bento Gouveia:

 

- Águas Mansas – romance, 1963.

 

 

- Alma Negra e outras almas – contos, 1972.

  

- Canga – romance, 1975- 3ª ed.

  

- Canga – romance, 2008. 4ª ed.

  

- Ilhéus – romance, 1949.

  

- Lágrimas correndo Mundo – romance, 1959.

  

- Margareta – romance, 1980.

  

- Stille Wassar von Madeira – 1976. Trad. alemã de Águas Mansas.

  

- Torna-viagem – romance, 1979.

  

- Torna-Viagem – romance, 1995, 2ª ed.

   

Irene Lucília Andrade:

 

- Hora Imóvel – poemas, 1969.

  

- A mão que amansa os frutos – poemas, 1990.

  

- Água de mel e manacá – poemas, 2002.

  

- A Penteada ou o fim do caminho – narrativas, 2004.

   

João Augusto de Ornellas:

 

- O Enjeitado – romance, séc. XIX.

   

João Carlos Abreu:

  

- Da Ilha & de Mim – poemas, 1980.

  

- Dona Joana-Rabo-de-peixe – narrativas, 1996.

  

- Mete-me no teu coração – novela, 2004

  

- New York New York – poema, 1994.

  

- Poemas do Silêncio – 2004.

  

- Voz que navega dentro de mim – poemas, 2005.

   

João Dionísio:

 

- Juras que me incendeias o coração – poemas, 2005.

  

- Os Açúcares ou O Ruido do Silencio – poemas, 1995.

  

- Os Construtores da Memória – poemas, 2000.

   

João França:

 

- Uma Família madeirense – romance, 2005.

    

José Agostinho Baptista:

 

- Agora e na hora da nossa Morte – poemas, 1998.

  

- Ahora y en la hora de nuestra Muerte – poemas, 2001. Ed espanhola.

  

- Autoretrato – poemas, 1986.

  

- Biografia – poesia completa, 2000.

  

- Canções da Terra Distante – poemas, 1994.

  

- Deste lado onde – poemas, 1976.

  

- Filho Pródigo – poemas, 2008.

  

- Jeremias o Louco – poemas, 1978.

  

- O Centro do Universo – poemas, 1989.

  

- O Pai, a Mãe e o silêncio dos irmãos – narrativa, 2009.

  

- Paixão e Cinzas – poemas, 1992.

    

José António Gonçalves:

 

- 20 Textos para falar de mim – poemas, 1988.

  

- Antologia Verde – poemas, 1991.

  

- As Sombras no Arvoredo – poemas, 2004.

  

- Ausência – poemas, 2008.

  

- Aventura na Casa dos Livros – poemas, 2000.

  

- Esquivas são as aves – poemas, 2001.

  

- Memórias da Casa de Pedra – poemas, 2002.

    

José Viale Moutinho:

 

- Apenas uma estátua equestre na Praça da Liberdade - contos, 2002. 2ª ed.

  

- Areias onde gregos se perdem – poemas, 1998. Ed. galega.

  

- Arqueologia de terra prometida - contos, 1989.

  

- As Portas Entreabertas – poesia 1975 – 1985, 1990.

  

- Camiñando sobre as Augas – contos, 1993. Ed. espanhola.

  

- Cenas da vida de um Minotauro - contos,  2003. Ed. brasileira.

  

- Cenas da vida de um Minotauro - contos,  2004. Ed. Círculo de Leitores.

  

- Cuentos Fantásticos – 2003. Ed. Espanhola.

  

- Destruição de um Jardim Romântico – contos, 2008.

  

- En el Pais de las lágrimas – contos, 1988. Ed. espanhola.

  

- Entre povo e principais - romance, 2003. 2ª ed.

  

- Histórias do Tempo da Outra Senhora – contos, 2007. 3ª ed.

  

- Hotel Graben – contos, 1998.

  

- In  Fabula – antologia de poemas e contos, 2008.

  

- Já os galos pretos cantam – contos, 2003. Prémio Edmundo de Bettencourt.

  

- Los Moros – romance, 2000.

  

-  Natureza Morta Iluminada – narrativa, 1968.

  

- Negra sombra! Negra sombra! – contos, 2009. Ed. espanhola.

  

- No Pais das Lágrimas - contos, 1972. 1ª ed.

  

- No pais das Lágrimas e outros contos – 2003.

  

- O Amoroso – poemas, 2004. 2ª ed.

  

- O Jogo do Sério - contos, 1974.

  

- Ocasos de Iluminação Variável – poemas, 2005. Prémio Edmundo Bettencourt.

  

- Outono: Entre as Máscaras – poemas, 2003.

  

- Panteón de Família – contos, 1993. Ed. espanhola.

  

- Romanceiro da Terra Morta – contos, 1988.

  

- Romanceiro da Terra Morta – contos, 2001. Ed. Planeta de Agostini..

  

- São coisas tais efeitos só do acaso? – poemas, 2009.

  

- Sombra de Cavaleiro Andante – antologia poética 1975-2003, 2004.

  

- Un Caballo en la Niebla Un Caballo en la Niebla – antologia  poética, 1986 -1989, 1992. Ed. espanhola.

  

- Un Castello di Sabbia (um castelo de areia?) – poemas, 1993. Ed. italiana.

   

Maria  Aurora Carvalho Homem:

 

- Antes que a Noite Caia – poemas, 2005.

  

- Discurso Amoroso – poemas, 2006.

  

- Leila – contos, 2005.

   

Maria Emília Garcia Osório de Castro:

 

- A Beleza era Anfitriã – contos, 2008. Prémio Edmundo Bettencourt.

   

Octaviano Correia:

 

- Fizeste fogo à viuvinha – contos, 1980.

  

- Coisas simplesmente – contos, 1996.

    

São Moniz Gouveia:

 

- O Templo Móvel – poemas, 2002.

   

Teresa Klut:

 

- Há dias… -  narrativa, 2004.

  

- Atavios – poemas, 2005. Prémio Edmundo de Bettencourt.