A CDU desenvolveu diversas iniciativas ao longo do dia de hoje no âmbito da "Semana Social/2023" sobre o "Grito dos excluídos e anseios dos marginalizados".

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Uma das questões abordadas foi a crescente situação de pessoas sem - tecto ou sem-abrigo, em muitos dos casos, decorrentes de problemas de consumos de substâncias psicoactivas. Como referiu o Coordenador Regional, Edgar Silva, «é cada vez mais aflitivo verificar como cresce o número de novos casos de pessoas que experimentam processos de ruptura social e não encontram respostas nem dos serviços de saúde, nem por parte dos serviços sociais».

Depois do encontro com responsáveis pela Associação "CASA", Edgar Silva afirmou que «existe um contraste muito grande entre os meios mobilizados para outras importantes respostas sociais e aqueles que existem para fazer face na Região aos novos fenómenos das toxicodependências».

De acordo com Edgar Silva, «em relação ao povo da rua, em relação à muita gente que cada vez mais tem a rua como lugar social, sem abrigo e habitando em meandros de teias tão destruidoras de tantas vidas, em relação a esses gravíssimos problemas humanos e sociais os governantes manifestam uma indiferença inaceitável».

Disse ainda Edgar Silva que «na rua, nos lugares onde habitam os novos toxicodependentes, onde mora "as gentes do boom" emerge um grito de excluídos sociais, cresce um clamor de tantos anseios de marginalizados que tardam em ser escutados pelos governantes».

Para a CDU «é inconcebível que na Região que tanto dinheiro esbanja do erário público ainda não exista um serviço de emergências sociais competente para atender a tanta gente que requer uma atenção psicossocial imediata. É escandaloso que na Madeira ainda não exista uma resposta eficaz para tanta juventude ao abandono, que está nas ruas do boombloom em situação de emergência social».