Imprimir
Categoria: Iniciativas Políticas

escolahoteleira_1

 

A CDU esteve hoje junto à Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, para apresentar 12 razões para reverter o processo de privatização por forma a que a mesma retome, com a tutela da Região, a sua missão com os padrões de qualidade e excelência com que pautou a sua imagem ao longo de muitos anos.

12 razões para reverter o processo de privatização da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira

 

            1- Considerando que o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira refere que a formação profissional constitui uma das matérias de interesse especifico para a Região, representando um importante factor de desenvolvimento regional e assumindo-se como motor de crescimento económico;

 

            2- Considerando que no contrato de concessão da “Escola Hoteleira” era mencionada a relevância de criar uma nova dinâmica na formação profissional, dinâmica essa que se queria positiva e evolutiva, mas que, no entanto, não consideramos que tenha sido observada e implementada durante o período de privatização da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira (EPHTM), optando-se, isso sim, por uma nefasta sobrelotação da capacidade daquele estabelecimento de ensino e formação profissional;

 

            3- Considerando que o CELFF – Centro de Estudos Línguas e Formação do Funchal, SA possui, actualmente, semáforo de risco comercial vermelho (elevado), ou seja à beira da falência, e porque a EPHTM não pode estar a ser gerida por uma entidade com tal classificação e enfrentando graves riscos, o que só contribui para pôr em causa a continuação deste projecto essencial à Região;

 

            4- Considerando que não houve redução de despesas para a Região, derivada à concessão da EPHTM ao CELFF, e que, segundo o acórdão do Tribunal de Contas, verificaram-se irregularidades entre o contrato de concessão e o contrato-programa realizado posteriormente, continuando o CELFF a beneficiar de financiamento por parte do Governo Regional e do Fundo Social Europeu, facto gerador de eventuais incompatibilidades;

 

            5- Considerando que a EPHTM necessita de uma rápida intervenção para aquisição de material com vista à realização da especialização nos cursos destinados ao Turismo, dado que ainda continua com instrumentos de trabalho e de aprendizagem obsoletos, e os seus alunos sem acesso ao material mais fundamental para exercer a prática, sendo assim necessária uma rápida requalificação dos materiais, que acompanhe a evolução tecnológica na área da Hotelaria;

 

            6- Considerando que a EPHTM tornou-se num Centro de Novas Oportunidades, que estrangulou e desviou a actividade principal destinada à Hotelaria, numa intenção clara de aumentar o seu financiamento, o que fez com que a questão da aprendizagem direccionada para a Hotelaria e Turismo tenha passado para segundo plano;

 

            7- Considerando que a sobrelotação das turmas da EPHTM e a quantidade de cursos administrados actualmente levam, claramente, a resultados desastrosos no âmbito pedagógico;

 

            8- Considerando que a entidade regional responsável pela inspecção escolar ainda não actuou, nem realizou nenhuma inspecção a este estabelecimento de ensino e formação profissional;

 

            9- Considerando que é da competência do CELFF continuar com o quadro de pessoal afecto à EPHTM, na data da sua privatização, havendo, no entanto, relatos de sobrecarga de funções e de pressão sobre os funcionários;

 

            10- Considerando que os empresários hoteleiros da Região reduziram substancialmente a relação de confiança e de segurança que tinham com a EPHTM em relação aos alunos que concluíam a sua qualificação, pois é óbvio que a percentagem de elevada empregabilidade que anteriormente a EPHTM possuía, registou uma evidente diminuição após a sua privatização;

 

            11- Considerando que o Turismo é um dos principais motores de actividade económica na Região Autónoma da Madeira, não pode um alicerce desta importância como é a qualificação e a formação dos alunos madeirenses na área da Hotelaria, ficar sob a alçada de uma entidade privada, a qual tem por visão a rentabilidade económica e não o ensino de excelência;

 

            12- Considerando que a oferta turística da Região deveria estar direccionada para um mercado de excelência, e a Região detém uma significativa quantidade de hotéis de 5 estrelas, é imperioso que a EPHTM mantenha os parâmetros da sua origem, uma escola pioneira na reconhecida excelência do ensino destinado à Hotelaria e Turismo;

 

            Assim, estas são razões mais do que suficientes para se exigir a rápida reversão do processo de privatização da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, por forma a que a mesma retome, com a tutela da Região, a sua missão com os padrões de qualidade e excelência com que pautou a sua imagem ao longo de muitos anos.