A CDU organizou ao longo do dia 6 de Março contactos diretos com localidades na Ilha da Madeira onde são especialmente experimentados, como referiu Edgar Silva, candidato às próximas Eleições Legislativas Regionais, «impactos negativos da turistificação e onde os danos ecológicos são gritantes».
Neste dia da pré-campanha da CDU, Edgar Silva referiu que «o actual modelo de turismo para a Madeira e Porto Santo está a ampliar o prejuízo nos recursos naturais, o aumento da poluição, impactos físicos, desde logo, evidentes na floresta e na orla costeira e perda da biodiversidade».
Vasco Paiva, Engenheiro Florestais, que participou nesta iniciativa, defendeu "a necessidade de planeamento, de regras, de ordenamento, nos lugares onde se fazem sentir os danos ambientais provocados pelo turismo nesta Região".
Depois da deslocação à Ponta do Pargo, ao Paúl da Serra e ao Fanal, já no Miradouro da Corrida, no Jardim da Serra, disse Edgar Silva: «Existem práticas predatórias associadas ao turismo com níveis de visibilidade muito variados. Crescem os danos nos recursos naturais, como o solo e as espécies vegetais, no mar e na floresta, na orla costeira e nas levadas… são cada vez em maior número os casos onde se verifica a modificação das condições naturais do ambiente, em consequência da grande circulação de pessoas e automóveis».
Segundo Edgar Silva, «se existem processos em que a turistificação dos territórios está a provocar tremendos e crescentes danos ecológicos, então, é preciso alterar tais dinâmicas. Existem ecossistemas frágeis, que necessitam de cuidados especiais para evitar a sua degradação. De outro modo, se o crescimento do turismo continuar a ocorrer de forma desenfreada, corre-se o risco de destruir de forma irreversível esses ecossistemas».
Como linha de ação e como compromisso da CDU, disse o cabeça de lista desta candidatura: «A Região precisa de uma programa de ação para resolver impactos negativos da turistificação. A Madeira e o Porto Santo precisam de um programa de intervenção prioritária para responder aos danos ecológicos, patrimoniais e ambientais provocados pelo turismo nestas ilhas. É inadiável somar ao planeamento e promoção do turismo os planos para o bom uso de espaços naturais e construídos, a fim de que sejam travados os impactos negativos no meio ambiente, na paisagem e nos territórios».