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Categoria: Geral
 A CDU realizou uma acção de contacto com a população, no centro do Funchal junto ao Banco de Portugal para abordar entre outos condicionamentos ao direito à habitação, o aumento das prestações do crédito à habitação a pretexto do aumento da taxa de juro .
 
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 No decurso da acção política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte declaração.
 « O acesso à habitação constitui hoje uma das maiores preocupações dos madeirenses e porto-santenses.
 Quem procura casa não a encontra, porque os preços são absolutamente proibitivos. Quem tem casa e paga renda (ou prestação ao banco) enfrenta custos que não param de au-mentar, e vive em constante sobressalto de poder vir a ficar sem casa. Esta é a realidade de milhares de famílias.
 O Banco Central Europeu - BCE anunciou na semana passada um novo aumento da taxa de juro de referência em 25 pontos base fixando-a, para já, nos 3,75%.
 As famílias com crédito à habitação estão a sentir os impactos do aumento das taxas de juro no aumento da prestação mensal do crédito à habitação.
Há famílias cuja prestação au-mentou 100, 200, 300, 400 euros, algumas com aumentos de quase 80%. As taxas de juro já vão no sétimo aumento consecutivo: e prevê-se novo aumento, tornando cada vez mais som-bria a vida de milhares de famílias.
 
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 Para a CDU, o aumento das taxas de juro de referência não tem que se reflectir no agravamento das prestações ao banco para quem tenha empréstimos à habitação.
 Em vez de medidas como as que decidiu o Governo da República e o Governo Regional, que na prática facilitam os lucros da banca e prejudicam a população, impõe-se que sejam os lucros dos bancos a suportar o aumento das taxas de juro.
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 A CDU considera que é preciso enfrentar os interesses da banca, dos grandes proprie-tários e dos fundos imobiliários, desenvolver uma política de habitação em que o Estado se assuma como grande promotor de Habitação, intervindo de forma a garantir esse direito, con-trariando a lógica nefasta da especulação e da acumulação de lucro à custa das condições de vida das populações.»
 
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Pelo Gabinete de imprensa da CDU
Funchal 11, de maio de 2023