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Categoria: Geral

 330315453 534523808812563 5437704834538983554 nNeste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a CDU desenvolveu uma iniciativa na Rua Fernão Ornelas, onde foram apresentadas as muitas razões que existem para que as mulheres continuem a Lutar.

A dirigente da CDU, Herlanda Amado, afirmou que «o agravamento das condições de vida das mulheres, as situações discriminatórias e de violência sobre as mulheres ao nível do emprego, da educação, das reformas e pensões, da saúde, da participação social, da fruição cultural, multiplicaram-se exponencialmente neste último ano.

Neste momento particular em que assinala mais um Dia Internacional da Mulher, muitas mulheres estão a sentir um agravamento brutal das suas condições de vida. Desde o radical aumento do custo de vida, com o aumento da alimentação, da habitação, à insuficiência de resposta dos serviços públicos seja na educação ou na saúde.

Enquanto trabalhadoras, cidadãs e mães, as mulheres estão sujeitas a pesados sacrifícios no seu dia a dia, assistindo à retirada dos seus direitos, à sua emancipação e autonomia, dos seus sonhos e futuro.

A Luta pela igualdade não se mede em palavras nem em declarações de intenções feitas num momento de “comemoração”, mas é feita sim, de acções concretas e de propostas que garantam a igualdade plena. Para que possamos celebrar os direitos das mulheres, é necessário efectivar políticas, na lei e na vida de todas as mulheres, que acabem com as desigualdades estruturais, através do aumento dos salários e das pensões, de mais e melhores serviços públicos, de habitação a custos cessíveis, que se erradiquem todas as formas de violência contra as mulheres, prevenindo as causas e combatendo-as.

A cada 8 de março, se afirma o muito que ainda é preciso lutar para que a igualdade no trabalho e na vida seja uma realidade vivida e usufruída por todas as mulheres.

Este ano a voz de cada mulher é ainda mais forte, porque os retrocessos que os Governos, quer na República e na Região, vão permitindo e de certa forma, até compactuando, tentam limitar a luta organizada de todas as mulheres.

Dizemos BASTA de salários baixos, são as mulheres que recebem os salários mais baixos; basta de pensões mais baixas, as mulheres recebem valores mais baixos de pensões de reforma; 55% das pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza são mulheres e destas 24% vivem sozinhas; 61% da população com ensino superior são mulheres e sendo a geração de mulheres com mais formação, é fortemente penalizada pela precariedade laboral, desvalorização das suas carreiras e profissões.

Se concordamos que uma mulher sem independência económica está mais vulnerável, porque há tanta resistência a aumentar os salários e pensões?

Porque persistem as desigualdades salariais?

As mulheres não estão condenadas à desigualdade e ao empobrecimento, discriminações e violência.

Para que a Região e o País progrediam, a intervenção das mulheres é fundamental, e neste dia saudamos todas as que lutam diariamente pela real efectivação dos direitos e à igualdade, no trabalho e na vida. 

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