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Categoria: Iniciativas Políticas

 

eee- COMUNICADO DE IMPRENSA -

A grave situação que se vive actualmente na empresa de vigilância e portaria Securitas, com as já anunciadas reduções nos horários de trabalho e nos salários das cerca de 4 centenas de funcionários em serviço na Região Autónoma da Madeira, a par da intenção de vir a rescindir contratos de trabalho por mútuo acordo, é mais um reflexo da degradação e da crise que está a atingir o mundo do Emprego na Região.

Diversas entidades, não só públicas, nomeadamente serviços da Administração Pública Regional e Local, mas também privadas, que recorriam a esta empresa têm vindo a prescindir dos serviços prestados, o que, a par da falta de cumprimento do pagamento por parte de alguns clientes, tem óbvios reflexos para a estabilidade laboral e que, segundo os responsáveis regionais da Securitas, obriga à tomada de medidas como as que acima foram referidas, com vista à redução de custos com pessoal, redução essa que já passou pelo despedimento de 50 funcionários em 2012.

O corte previsto nos horários de trabalho (menos 8 horas de trabalho por semana e quase menos uma semana de trabalho por mês) e, por consequência, nos salários, representa um duro golpe para os trabalhadores e para as suas famílias. É mais um dramático exemplo a juntar a uma já demasiado longa lista de situações em que os trabalhadores madeirenses se vêem sacrificados e empurrados para o beco sem saída causado pela crise económica e financeira que tem sérios impactos para o mundo do Emprego. Estes cerca de 210 trabalhadores da Securitas, a que se juntam as suas famílias, verão os seus rendimentos reduzidos de forma drástica, num processo que certamente irá registar um maior agravamento com o passar dos meses, sem que se saiba se as medidas a aplicar pela empresa terão algum efeito prático a médio e longo prazo.

 Face a este grave problema, porque estão em causa elementares direitos sociais e laborais com um óbvio impacto regional, o PCP/Madeira, através da sua Representação Parlamentar na ALRAM, irá requerer a realização de uma Audição Parlamentar para analisar a situação, iniciativa esta para a qual deverá ser convocado o responsável do Governo Regional pela área do Emprego, neste caso o Secretário Regional dos Assuntos Sociais, para não só obter esclarecimentos sobre o caso concreto da Securitas, mas também para abordar eventuais soluções e medidas que possam ser implementadas, por forma a tentar colmatar os impactos negativos decorrentes da aplicação do lay-off aos trabalhadores daquela empresa de prestação de serviços nas áreas da vigilância e portaria.